FORMAÇÃO ACADÊMICA DO PESQUISADOR
O background check investigativo é feito por pessoas, não por softwares, é a inteligência humana que trabalha na análise e avaliação de dados que serão apresentados ao cliente. Por isso a formação acadêmica do pesquisador é fundamental para a boa execução deste trabalho. Não precisa ser advogado, mas o conhecimento do Direito ajuda muito. O pesquisador deve ser um estudioso, ter familiaridade com a leitura de processos judiciais, um certo conhecimento de tecnologia, ter bom domínio do idioma português e ser muito bom em pesquisas e curioso.
CONHECER AS FONTES DE PESQUISAS
Importantíssimo, aqui o pesquisador deve conhecer bem as fontes primárias e secundárias, para definir o rumo da pesquisa. É o caminho que ele vai percorrer e não existe background check investigativo padrão, um é diferente do outro, o tema “fonte” precisa ser conhecido com profundidade. No Brasil, por exemplo, se eu quero focar as pesquisas em crimes, é preciso acessar vários sites públicos, não existe um único lugar que fornecerá essa informação. Imaginem, há 26 Estados e 1 Distrito Federal, as Justiças Estaduais não se conversam, então se eu quero saber se há crime, preciso considerar a competência, local de nascimento, local de residência, locais onde já trabalhou, tudo isso para definir os Estados onde as pesquisas devem ser feitas. Além disso, muitas vezes é preciso pesquisar em fontes primárias e secundárias para um mesmo objetivo.
CONHECER AS FONTES DE PESQUISAS
Para iniciar o trabalho, é importante que o cliente diga ao pesquisador qual o motivo que o levou a querer o background check. Isso deve ser feito para que o pesquisador faça um diagnóstico assertivo, e defina as fontes de pesquisas iniciais. Background Check Investigativo é algo vivo, não é correto se restringir à uma lista de fontes de pesquisas, o que pode ser adequado para um pode não ser para outro. Fontes de pesquisas é coisa séria, é a trilha da pesquisa, olhe com cautela para frases soltas que viajam por aí que podem levar à erro, pesquisar em 300 fontes pode ser um nada.
CONHECIMENTO DOS LIMITES DOS SOFTWARES
Uma vez definido que você fará pesquisas via robô, é fundamental verificar a metodologia que será aplicada nas pesquisas. Procure saber o que o robô procurará e até onde ele irá. O pesquisador deve conhecer os melhores softwares disponíveis no mercado, e é altamente recomendável que teste antes diversas ferramentas utilizando o mesmo pesquisado como elemento comparativo. No Brasil, experimentamos alguns softwares e encontramos várias inconsistências (processos existentes e não relatados) nos dados relatados quando pesquisados as fontes nas Justiças Estaduais e Federais, e entendemos que este é um limite que merece atenção.
PRIVILEGIAR A COMUNICAÇÃO
O relatório deve ser objetivo, com palavras fáceis de entender, não é para ser escrito para advogados, mas sim para toda a equipe, conter apenas o que é importante, o que vai em fato colaborar para a tomada de decisão do cliente. Páginas e mais páginas com números de processos sem mais detalhes podem ser dispensados, no background check investigativo vai valer mais informações como o andamento processual, o valor da causa, saber se o processo foi ou não arquivado, sentenciado. Além disso o pesquisador do background check investigativo deve se manter aberto, sempre conversar com o cliente para que ele saiba como as pesquisas foram feitas. O pesquisador tem que ser disponível e ajudar o cliente.
PAIXÃO PELA PESQUISA
É isso mesmo, a paixão pela pesquisa se mostra como um fundamento essencial para o background check investigativo. Pesquisar é um labor árduo, requer faro, leitura, dedicação e não é uma boa opção para os preguiçosos, é preciso não apenas saber fazer mas gostar muito do que se faz. Essa paixão é que move o pesquisador a não estar satisfeito logo num primeiro momento, é aquele “quero ver mais uma coisa…”